Como trabalho muito próximo do Hospital da A.A.C.D. (Associação de Assistência à Criança Deficiente), sempre fico parado devido ao trânsito intenso dali.
Aproveito a oportunidade para observar a saída do hospital, sua fila interminável de ambulâncias, mães humildes carregando seus filhos deficientes, com inúmeras dificuldades - cadeirantes, acamados, sondados, tetra ou paraplégicos...
Hoje, vi na calçada uma cena digna de nota: uma adolescente, amputada bilateralmente na altura das coxas, andando com próteses simples, empurrando uma cadeirante, que deveria ter semelhante idade (e antes que me perguntem: não, não tirei nenhuma foto para postar no Facebook perguntando hipocritamente "quantas curtidas essas guerreiras merecem"). Percebi que conversavam animadamente sobre qualquer coisa que - aposto - não deveria ser assunto "doença". Sorriam e gargalhavam.
E de repente, o trânsito fluiu e eu acelerei.
Deduzo com este episódio que a linha tênue que (espero) ainda afastar o gênero humano da barbárie e da bestialização total é o apreço e cuidado que conseguimos nutrir pelas nossas diferenças.
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Dr. Marcos Claudio Radtke CRM 107503
Cirurgião do Aparelho Digestivo - Gastro e Oncologia, na Zona Sul de São Paulo.
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