O Brasil teimava em não compreender (pelo menos até as manifestações atuais), desde as capitanias hereditárias, que ele reproduz ciclicamente um conluio entre o público e privado, alternando grupos diversos que, uma vez no poder, se comportam de maneira semelhante.
Nossa eterna tendência (ibérica, diga-se de passagem) em encampar todos os interesses em torno da manutenção do "status quo", fugindo do embate necessário, leva o país a ter direção... nenhuma. Sinceramente não sabemos o que queremos, e nem para onde vamos. Potência educacional? Científica? Industrial? Agrícola? Coroa ou colônia?
Engraçado observar, ao contrário de grandes nações, que historicamente nós não tivemos guerras civis. Nem guerras mundiais. Nem hecatombes nucleares. Nem desastres naturais. Nada que unisse um povo em torno de um objetivo comum.
Resta nos unirmos em torno de objetivos abstratos, tão caros e agora tão claros... Decência, ética, cidadania.
E, sim, por meio de conflitos inerentes e necessários.
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