Ontem foi o Dia Mundial da Luta contra o Câncer. Eu não sabia exatamente o que escrever, talvez não saiba ainda, mesmo estando cotidianamente na linha de frente desta batalha. Só me vêm à mente o rosto de todos os pacientes que passam ou que passaram por mim, muitos deles hoje descansando em outro plano de vida. A despeito da evolução dos tratamentos e do diagnóstico precoce, as questões humanas continuam as mesmas, frente ao sofrimento de um estigma difícil de mudar (e de se responder).
"Por que aconteceu comigo?"
"É muito grave?"
"Vou ficar bom um dia, doutor?"
"E minha família sem mim, como vai ficar?"
"Como vou viver sem ele(a)?"
"E meus filhos?"
"E minha esposa?"
"Eu quero muito viver, doutor."
"A cirurgia foi bem?"
"Doutor, eu só peço a Deus para não sofrer."
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