Eu raramente penso “fora da caixa”. Minhas filhas - especialmente a mais velha - sabem exatamente quando - e por quê - eu fico bravo. Meus residentes sabem como eu me comporto nas cirurgias.
Tem a hora de dormir, de escovar os dentes, de comer e tomar banho. De não fazer malcriações.
Tem a hora de dormir, de escovar os dentes, de comer e tomar banho. De não fazer malcriações.
Tem hora de não operar, de fazer este ou aquele procedimento. “Pensar fora da caixa” pode, de um lado, custar a educação de alguém; e, de outro, a vida de alguém.
Atitudes “disruptivas” não são comigo. Valentia e coragem apenas quando estritamente necessários. Num extremo, a disrupção pode levar à... destruição.
Detesto sair da minha “zona de conforto”. Aliás, a coisa mais difícil do mundo é tomar decisões sob pressão.
Eu trato de pessoas que em sua maioria perderam a saúde há tempos. E muito gravemente. Já vivo sob pressão de todos os lados: dos pacientes, dos familiares, dos prognósticos sombrios, do sistema de saúde.
Meus pacientes ultrapassaram em muito a busca da “qualidade de vida”: eles vem me pedir a vida de volta, o que quase nunca consigo prometer.
São pessoas que sentem dor, que tem medos, que sofrem ou complicam de procedimentos de minha inteira responsabilidade e podem não sobreviver.
Tenho, claro, “propósitos e missões” de vida. Mas passam longe de expansionismos do ego; e não são máscaras a esconder interesses secundários: seguidores, curtidas, ou dinheiro.
Neste mundo invertido, de gente e verdades fluidas, onde a responsabilidade pode ser de qualquer um, menos do indivíduo, tenho valores a conservar e um legado a perpetuar.
Eu, hoje, talvez seja o contrário do contrário.
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Dr. Marcos Claudio Radtke
CRM SP 107 503
Aparelho Digestivo - Cirurgia e Oncologia
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