São quase 1h30 da madrugada e estamos terminando a sexta (isto mesmo, sexta) cirurgia do plantão até o momento.
Foram todos procedimentos de urgência, médio a grande porte, que nossa equipe conseguiu realizar com bom resultado para os pacientes.
Exausto, fico pensando se tudo isso vale a pena, a que custo e com qual retorno.
O retorno é imaterial, certamente. Não espero ficar rico ganhando R$ 40 a hora, brutos.
Por outro lado, ganho quando vejo toda a equipe de Enfermagem agilizando os procedimentos no centro cirúrgico.
Ganho também quando a equipe de Anestesia (Juarez Baptista) abraça nossas "encrencas" e confia em nós e nos nossos residentes.
Ganho demais (não sabem o quanto!) constatando a evolução do futuro cirurgião, residente (R2) Robson Laranja, demonstrando calma, tirocínio, tática e técnica cirúrgica irretocáveis.
Ganho quando descanso com a cabeça tranquila, certo de que nós, cirurgiões, fizemos nosso melhor (Thiago Hassegawa e Saulo Garcez).
Mas ganho muito, e sobretudo, com a melhora da saúde de quem a gente cuidou, sabendo que nossa mão de alguma forma fez parte disso.
E isto tudo não se paga. Não se vende. Não se transfere.
Simplesmente fica.
Pra sempre.
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